A mãe que sonhei ser definitivamente nao é a mãe que sou. Achei que seria aquela mãe ponderada, que não grita com os filhos bem como consegue e sente estar fazendo o melhor para a educação de seus rebentos.
No entanto, a minha realidade não é essa. No fundo, por vezes me sinto imatura para educar seres humanos. Por vezes me pergunto porque erro tanto. Me pergunto porque nao consigo ser consistente se a consistencia nas ações educativas e comportamentais é a chave para se garantir o respeito e promover o aprendizado dos pequenos.
Sou uma mãe que já sentiu raiva daqueles pelos quais deveria, em teoria, sentir apenas amor incondicional. Raiva no fundo de mim mesma por não ter conseguido contornar uma situação de estresse sem ter que gritar, espernear e quase que fazer pirraça tanto quanto o filho.
Sou uma mãe que chora e chora muito; de emoção, de alegria mas também de desespero de por vezes, nao conseguir ter a firmeza que a situacao exige ou simplesmente não saber o que fazer. E essas situações acabam também sendo mais frequentes que eu gostaria.
Sou uma mãe que achou que seria mais fácil apesar de ninguem nunca ter falado isso.
Sou uma mãe errante tentando acertar como todas mas que reza para que Deus sempre me de uma luz no fim do tunel.
Enfim, essa sou eu, Leia, mãe.