Tuesday, 15 July 2008

Vinicius - a pessoa é para o que nasce!


Oi amigos,

Fim de semana que passou fomos assistir a dois filmes que foram exibidos num mini-festival de cinema brasileiro, inserido num festival de música latina que teve por aqui. Digo mini, pois este teve apenas 5 ou 6 filmes e no fim do ano, em novembro, teremos o completo que deverá contar com, mais ou menos, uns 12 filmes como foi no ano passado.

Os dois filmes eram, na verdade, documentários. "Vinicius", que fala sobre a vida e obra de Vinicius de Moraes e o outro, "A pessoa é para o que nasce", que mostra a vida real das três senhoras cegas, do interior do nordeste, que cantam e tocam em busca da sobrevivência. Ambos sobre artistas, mas com histórias completamente diferentes.

Nossa, Vinicius é lindo! Mostra um Rio de Janeiro, no auge de seu esplendor de cidade maravilhosa, cheio de esperança, boêmia e tremendamente inspirador , como é até a hoje, apesar das mudanças ocorridas desde os tempos de Vinicius.

Além disso, nos emociona ouvir "Chega de Saudade" (muito oportuna, por sinal), "Eu sei que vou te amar" e a nossa querida "Garota de Ipanema". Ah, é sim, um filme cheio de romantismo, boa música e também muitas carioquices interessantes desse personagem ímpar da nossa cultura e de quem temos tanto orgulho. Não precisa ser a pessoa mais culta e nem profundamente conhecedora de poesias, suas estruturas e estilos (meu caso :)) para se deixar levar por suas sensíveis criações. Basta estar com o coração aberto e viajar! Palmas pra ele!

Não menos tocante é "A pessoa é para o que nasce". Neste, a vida é retratada nua, crua e bela. Beleza que está nos olhos de quem vê, ou melhor, nos olhos de quem não vê! As três senhoras dão sua lição. Pobres e morando num lugar super precário, só lhes restou utilizar seu talento pra sobreviverem e ainda sustentarem a família. O filme é triste por um lado pois mostra muito a realidade, mas por outro mostra que elas não deixam de sonhar, imaginar o mundo, transpor em suas canções seus sentimentos e também amar. Uma delas, a mais velha, até foi casada duas vezes e as duas com ceguinhos. Muito bacana, vale a pena, e me fez compreender nova e literalmente que, o essencial é invisível aos olhos!

Recomendo!

bjs e fui!

Léia



1 comment:

Anonymous said...

Acho que a vida deve ser levada assim, com toda a leveza possível.
Como já foi dito: "ser criança para o mundo, e adulto para Deus".
Ser criança é tudo de bom...e permanecer criança o resto da vida é a maior de todas as artes, na minha modesta opinião.
Ser criança é ser feliz acima de tudo, sorrir logo após chorar muito...ser desarmado, estar de peito aberto para as bem-aventuranças da vida, claro.
beijo,
Simone Rivas